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Tucunaré
Tucunaré
Cichla spp.
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Origem:
Brasil, Colômbia, Venezuela, Guiana, Bolívia
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Peso:
até 12,2kg (C. temensis)
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Tamanho:
35cm a 99cm
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Temperatura Ideal:
28°
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PH indicado:
5.5 a 7.5
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Tamanho do aquário:
Acima de 1000 litros
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Expectativa de vida:
7 a 10 anos
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Hábito Alimentar:
Carnívoro
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Habitat:
Água Doce
Informações:
Atualmente os tucunarés (gênero Cichla) são representados por 16 espécies: C. orinocensis e C. intermedia (Rio Orinoco); C. monoculus e C. ocellaris (Rio Amazonas); C. cataractae (Rio Essequibo); C. temensis (Rio Orinoco e Amazonas); C. jariina (Rio Jari); C. kelberi (Rio Araguaia e Tocantins); C. piquiti (Rio Tocantins e Capim); C. melaniae (Rio Xingu); C. mirianae (Rio Tocantins e Xingu); C. nigromaculata (Alto Rio Orinoco e Médio Rio Negro); C. pinima (Baixo Rio Amazonas); C. pleiozona (Rio Guaporé); C. thyrorus (Rio Trombetas acima da Cachoeira Porteira) e C. vazzoleri (Rio Uatumã e Baixo Trombetas).
Os tucunarés são nativos das drenagens do norte da América do Sul, mas já foram introduzidos em diversas regiões devido ao seu protagonismo na pesca esportiva e recentemente no aquarismo jumbo. No aquarismo as espécies mais difundidas são o tucunaré amarelo (C. kelberi), o azul (C. piquiti) e mais recentemente o pinima (C. pinima).
Características
BAIXO (A)
ALTO (A)
CARACTERÍSTICAS
Manutenção
Não é necessário nenhum tipo especial de substrato. A maioria dos aquaristas prefere deixar o aquário sem substrato porque facilita na hora dar manutenção.
Na fase de alevinos apreciam vegetação, mas conforme crescem isso passa a ser irrelevante.
Acrescente galhadas grandes e finas, sempre deixando um bom espaço para os peixes nadarem. Se atente às estruturas pontiagudas que podem ocasionar machucados.
Assim como a maioria dos peixes, os tucunarés apreciam iluminação fraca a moderada. Se possível crie áreas de sombra no aquário. Lâmpadas com cores diferentes também podem realçar as cores dos peixes.
É recomendado tapar o aquário, já que podem saltar na hora da alimentação ou durante algumas brigas com outros peixes. Devido ao tamanho, precisam de sistemas de filtragem bem dimensionados para manter a boa qualidade da água.
ALIMENTOS
Alimentação
São predadores visualmente orientados e talvez o principal motivo dos tucunarés serem tão apreciados no aquarismo jumbo está associado a observação do comportamento de caça quando são alimentados com presas vivas.
A adaptação à ração pode ser um dos complicadores para sua manutenção em aquários. A transição alimentar passa do alimento vivo (peixes / camarões), para peixes mortos e/ou filé para então migrarem para as rações. Mesmo depois que estão se alimentando de ração é interessante oferecer alimentos vivos periodicamente para realçar as cores e manter seu comportamento ativo.
A alimentação também é influenciada pelo período reprodutivo e o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos (gônadas) limita o volume da cavidade corporal. Dessa forma os peixes consomem presas menores. A diminuição da atividade alimentar também pode estar associada à seleção do local de desova, corte e defesa da ninhada.
Uso diário:
Uso complementar:
Reprodução
Eles se reproduzem ao longo de todo ano, com desovas múltiplas. O macho defende um território e começa a cortejar a fêmea. Quando o casal se forma, a desova ocorre sobre um substrato rígido e os ovos possuem adesividade (ficam grudados ao substrato). A fecundação é externa. A fêmea passa depositando uma fileira de ovos e é seguida pelo macho que percorre a mesma trajetória passando sua papila genital na linha de desova, fecundando os ovos.
Terminada a desova, macho e fêmea protegem os ovos (cuidado biparental) e preparam pequenos ninhos circulares para onde as larvas são transferidas após a eclosão. Os pais aspiram as larvas com a boca e as depositam nos ninhos onde permanecem até a completa absorção do saco vitelínico (uma pequena reserva de comida para nutrir as larvas). Após cerca de oito dias começam o nado livre, sempre acompanhado dos pais (ou pelo menos um deles). Ao menor sinal de perigo os filhotes voltam para o ninho ou são recolhidos pelos pais com a boca (cuidado intrabucal) onde permanecem até o risco passar. Esse cuidado parental pode durar até 45 dias, quando os filhotes já tem certa independência e são deixados pelos pais.
POYTARA
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Perguntas Frequentes
Dá para criar tucunarés em aquário?
Sim, desde que o aquário possua dimensões e filtragem compatíveis. É importante lembrar que ficam bem grandes quando adultos.
Tucunarés ficam muito grandes?
O tamanho adulto varia conforme a espécie. Atualmente são 16 espécies que atingem diferentes tamanhos quando adultos e a média de tamanho varia entre 35 a 99cm. Importante destacar também que o desenvolvimento também difere entre as espécies com algumas crescendo mais rápido que outras.
Tucunarés comem ração?
comem sim desde que sejam adaptados a isso. Essa adaptação é mais fácil quando ainda são alevinos. A transição alimentar passa do alimento vivo (peixes / camarões), para peixes mortos e/ou filé para então migrarem para as rações. Mesmo depois que estão se alimentando de ração é interessante oferecer alimentos vivos periodicamente para realçar as cores e manter seu comportamento ativo.
Dá para manter os Tucunarés com outros peixes?
É possível manter o tucunaré com outras espécies desde que tenha tamanho compatível. Animais pequenos irão virar comida.
Dá para reproduzir Tucunaré em aquário?
A reprodução do tucunaré já foi registrada em aquários mas é pouco comum pois a fase de formação de casais exigem tanques grandes onde muitos peixes devem ser mantidos até formarem casal. Depois de formado o casal os peixes defendem o território de maneira agressiva o que pode gerar conflitos com os demais habitantes do aquário podendo machucar gravemente os peixes. Essa exigência de grandes área para formação do casal e estabelecimento de território para desova e ninho são os principais limitantes.
Colaborou com este conteúdo:
Angelo Rodrigo Manzotti
Biólogo, especialista em peixes. Mestre e Doutor em Biologia Animal pela UNESP (São José do Rio Preto). Apaixonado pelo comportamento e ecologia dos peixes, aquarista desde 1996 e entusiasta do estilo Nature aquarium. Me acompanhe nas redes sociais @aquafunc e @biologoemcampo.
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Descrição
Considerado por muitos o principal astro da pesca esportiva, os tucunarés ganharam a admiração dos aquaristas e podem ser considerados hoje os reis do aquarismo jumbo. Com cores vibrantes em diferentes tons de azul, amarelo e vermelho, comportamentos elaborados e sua grande voracidade, os tucunarés são cada vez mais comuns no aquarismo.
Os tucunarés são peixes da família dos Ciclídeos (parentes dos pequenos Apistogramas e dos mega coloridos ciclídeos africanos) e podem ser considerados os maiores representantes dessa família nas águas doces da América do Sul. Seu nome popular (Tucunaré) vem do Tupi “tucun” (árvore) e “aré” (amigo), ou seja, “amigo da árvore” provavelmente porque na natureza as espécies costumam ser encontradas próximas à galhadas, troncos ou árvores submersas.
Atualmente os tucunarés (gênero Cichla) são representados por 16 espécies: C. orinocensis e C. intermedia (Rio Orinoco); C. monoculus e C. ocellaris (Rio Amazonas); C. cataractae (Rio Essequibo); C. temensis (Rio Orinoco e Amazonas); C. jariina (Rio Jari); C. kelberi (Rio Araguaia e Tocantins); C. piquiti (Rio Tocantins e Capim); C. melaniae (Rio Xingu); C. mirianae (Rio Tocantins e Xingu); C. nigromaculata (Alto Rio Orinoco e Médio Rio Negro); C. pinima (Baixo Rio Amazonas); C. pleiozona (Rio Guaporé); C. thyrorus (Rio Trombetas acima da Cachoeira Porteira) e C. vazzoleri (Rio Uatumã e Baixo Trombetas).
Os tucunarés são nativos das drenagens do norte da América do Sul, mas já foram introduzidos em diversas regiões devido ao seu protagonismo na pesca esportiva e recentemente no aquarismo jumbo. No aquarismo as espécies mais difundidas são o tucunaré amarelo (C. kelberi), o azul (C. piquiti) e mais recentemente o pinima (C. pinima).
Quem tem e gosta de tucunarés deve exercer o aquarismo de forma consciente e responsável e em hipótese nenhuma soltar indivíduos em ambientes naturais. A soltura dessas espécies em ambiente natural pode provocar desequilíbrios ecológicos e caso seja em um local onde a espécie não é nativa isso também é tipificado como crime. Fique ligado!